Exportações de componentes para calçados aumentam 16% no trimestre
Dados elaborados pela Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) apontam que, no primeiro trimestre, as exportações do setor aumentaram 16% em relação a igual período do ano passado. No total, foram mais de US$ 105,6 milhões gerados com embarques de produtos químicos para calçados (adesivos), químicos para couros, cabedais, laminados sintéticos, solados, palmilhas, entre outros materiais. O valor exportado é maior do que o registrado no mesmo período de 2020, em 31%, o que aponta para uma plena recuperação do período pré-pandemia.
O gestor de Mercado Internacional da Assintecal, Luiz Ribas Júnior, destaca que foram determinantes para a performance positiva as exportações para países da América Latina e Estados Unidos. "A América Latina e os Estados Unidos vêm buscando alternativas às importações asiáticas, especialmente em função dos altos custos logísticos. A indústria brasileira possui plena capacidade de atender à demanda com qualidade, sustentabilidade e tecnologia. Então é natural que os olhos se voltem para cá nesse momento", avalia.
Destinos
No trimestre, o principal destino das exportações brasileiras de componentes foi a China, com US$ 23,3 milhões gerados, 18% mais do que no mesmo período de 2021. Em relação ao primeiro trimestre de 2020, as exportações para a China cresceram 52%.
O segundo destino do trimestre foi a Argentina, para onde foram exportados o equivalente a US$ 22,55 milhões, 58% mais do que no mesmo período do ano passado. Já no comparativo com o primeiro trimestre de 2020 o incremento é de 77%.
Com incrementos de 23% em relação ao mesmo período do ano passado e de 49% em relação ao intervalo correspondente de 2020, as exportações para Portugal somaram US$ 12,5 milhões no trimestre.
Completando o ranking dos destinos dos componentes brasileiros no exterior, a Colômbia importou o equivalente a US$ 2,15 milhões no trimestre, resultados superiores tanto ante igual período de 2021 (+40%) quanto no comparativo com os três meses de 2020 (+25%).
Estados
Respondendo por quase 50% do valor gerado com as exportações de componentes no primeiro trimestre, o Rio Grande do Sul foi o maior exportador do setor no período. No total, saíram das fábricas gaúchas rumo ao exterior o equivalente a US$ 52 milhões, 5% mais do que no mesmo período de 2021. No comparativo com 2020 o incremento é de 11%.
O segundo exportador de componentes do País foi São Paulo. No trimestre, as exportações paulistas geraram US$ 15,56 milhões, 37% mais do que no mesmo período de 2021. Na relação com os três primeiros meses de 2020, o incremento foi de 48%.
A Bahia foi a terceira origem das exportações de componentes. No primeiro trimestre, partiram das fábricas baianas o equivalente a US$ 8,75 milhões, 70% mais do que no mesmo período do ano passado. Em relação ao primeiro trimestre de 2020, o incremento foi de 90%.
Registrando incrementos de 56% em relação a 2021 e de 89% em relação a 2020, o Ceará foi o quarto exportador brasileiro. No primeiro trimestre, as fábricas cearenses embarcaram o equivalente a US$ 5 milhões, resultados superiores ante 2021 (+56%) e 2020 (+89%).
Produtos
No trimestre, os cabedais foram os principais produtos embarcados, somando US$ 25,74 milhões em exportações, 52% mais do que no mesmo período de 2021. Na segunda posição aparecem os químicos para calçados (adesivos), que geraram US$ 10,34 milhões, 43% mais do que no mesmo período do ano passado. Na terceira posição entre os produtos exportados aparecem os laminados sintéticos (US$ 9,35 milhões, incremento de 45% ante 2021) e na quarta os solados (US$ 6 milhões, incremento de 171% ante 2021).
Sobre a Assintecal
Há três décadas a Associação Brasileira de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) atua diretamente na expansão de seu setor coureiro-calçadista. Seu trabalho é reconhecido pela força e diálogo com todas as esferas governamentais, pela consolidação do mercado internacional e pelo desenvolvimento em pesquisas e conteúdo de moda. A entidade responde por um setor que possui 3 mil empresas.
Fonte: Assintecal